25 de Janeiro, 2017

3 desafios do imobiliário em Portugal para 2017!

Massimo Forte

“Quais são, no seu entender, as três grandes tendências/desafios e/ou oportunidades que irão orientar o desenvolvimento do setor imobiliário em Portugal em 2017?”

Depois de verificar e analisar bem o ano de 2016, posso referir que a escassez de produto vendável, ou por outra, apetecível, é cada vez maior e não apenas nas localizações ditas prime, pois a mesma tendência tem-se verificado um pouco por todo o país, tendência esta que foi claramente provocada pelos efeitos da recente crise que fez com que surgissem situações de excesso de oferta, limitações graves na obtenção de financiamento para crédito à habitação, e ainda, um forte resfriamento no investimento na atividade de promoção imobiliária.

De qualquer forma, o ano de 2016 foi ainda bastante interessante para os investidores estrageiros que optaram por Portugal como o seu destino de investimento imobiliário, contudo, houve algumas mudanças nas nacionalidades que mais investiram, mudanças estas motivadas pela concorrência de outros países, pela disponibilidade em investir, e ainda, pela escassez de produto para esse efeito.

Assim sendo, as três tendências, desafios e/ou oportunidades que eu considero para o mercado imobiliário em 2017 são:

1.Com o aumento da disponibilidade por parte dos bancos (maioritariamente espanhóis) em conceder crédito à habitação, e com a melhoria das condições para tal investimento, o mercado médio/baixo tenderá a deixar de arrendar para retomar novamente a vontade e ação de compra, podendo assim provocar um aumento nas transações imobiliárias neste segmento, ou seja, no segmento que vive nos arredores das grandes cidades e no interior do país. Aliás, se formos analisar, o crescimento efetivo de algumas agências imobiliárias que operam nessas zonas e segmentos, foi já em 2016 devido à maior disponibilidade de financiamento dos bancos e à sucessiva escassez de produto para arrendar;

2.O investimento estrageiro tenderá a baixar ou estagnar devido à falta de produto. Vamos ter novos players, e possivelmente para nós, pouco habituais nessas andanças, por exemplo Italianos, Turcos e Polacos entre outros, o que vai provocar mais uma vez uma necessidade de adaptação;

3.A elevação do serviço, seja no Turismo (que ainda deixa muito a desejar), como na Mediação Imobiliária, são dois grandes desafios, mas acima de tudo, duas grandes oportunidades, as empresas que estejam a operar nessas atividades deverão apostar cada vez mais na formação e na elevação do serviço, principalmente no método e consequentemente treino dos seus funcionários, para poderem-se diferenciar com a devida relevância.

Concluindo, penso que o mercado imobiliário português ainda vai ajustar-se mais e quem não estiver preparado poderá já não estar por cá em 2018. Bom Ano!!!

Artigo publicado na Vida Imobiliária.

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