11 de Fevereiro, 2015

COMO QUER O SEU SERVIÇO?

Massimo Forte

COMO QUER O SEU SERVIÇO?

No passado sábado, arrastado pela minha mulher para sair de casa, fui dar um passeio bem curto e parámos num quiosque muito recente com bom ambiente e uma excelente decoração. Como estava muito frio, pedimos um chá e alguns bolinhos, passado uns minutos percebemos que o pedido tinha de ser feito em sistema de pré-pagamento, felizmente não havia muita gente, continuava frio, mas fomos pedir. Para além da lentidão e apatia do “profissional” de serviço, tive de repetir 4 vezes o número de contribuinte, sem qualquer pedido de desculpa, nem qualquer reconhecimento expressando uma frustração solidária de que não tinha percebido o que eu tinha dito, pelo menos foi congruente com o seu estado. Dirigimo-nos para a mesa, pois o serviço de mesa existia, e para além da demora, chegou o chá sem chávenas…depois, trouxeram os bolinhos, mas nem sinal das chávenas…enfim, passado alguns largos minutos, chegaram as chávenas, sem qualquer tipo de desculpa, nem explicação. A minha cabeça já tinha reagido várias vezes, mas a minha mulher que é excelente em reenquadrar, conseguiu conter o meu ímpeto para reclamar. Quando chegou a conta, por sinal bem elevada (e mesmo que fosse de valor baixo, seria sempre elevada face ao serviço prestado), a minha pergunta foi, e é:

“Onde está o serviço?”

É claro que o desgraçado do quiosque não tem culpa, pois tudo estava em perfeitas condições e tinha marketing suficiente para atrair pessoas, inclusive a localização é excelente, mas mais uma vez, as pessoas fazem a diferença. Onde estava a vontade de servir, o brio profissional, o trabalho em equipa (eram 3 pessoas que estavam supostamente a servir), o método, a sistematização, a sensibilidade que em muitos casos nos salva de situações extremas.

Há noite partilhei um post com a imagem deste artigo, e o meu inconsciente não descansou até conseguir emitir uma opinião bem formada sobre “como quero que seja o meu serviço?”

Fazendo também uma analogia à Mediação Imobiliária, qual seria a resposta do nosso cliente à mesma pergunta, feita de outra forma: ”como gostava que fosse feita a venda da sua casa?”

Serviço grátis e rápido? Só se for feito por si, não é um serviço, porque serviço pressupõe que está a servir alguém. Poderá vender e tratar do seu processo com alguma qualidade, mas apenas se se dedicar e se souber o que está a fazer, no entanto, se for rápido, será uma coincidência ou mesmo um luxo, mas olhando para o mercado real e massificado, o mais certo é não ter conhecimento do processo na sua totalidade e provavelmente, será uma venda mais lenta do que esperava inicialmente, o que na venda de uma casa, não é de todo aconselhável pela exposição e consequentemente perda de interesse por fraca credibilidade da proposta de oferta.

Serviço de qualidade e bem pago? Pressupõe personalização e rapidez, e na Mediação Imobiliária pressupõe com certeza exclusividade. Contudo, ainda há muitas pessoas que andam à procura do melhor dos três mundos: rápido, dedicado e barato. Normalmente acabam por se deparar com um serviço lento, mal feito e utópico.

Naquela tarde eu escolhi, como todos os clientes o fazem, possivelmente atraído pela envolvência do marketing e localização do tal quiosque, mas a escolha de um serviço de venda de um imóvel, será, ou deverá ser, com certeza mais ponderada, com diversas variáveis que não se conseguem enquadrar devido às diferentes formas de serviço de empresas a trabalhar a 2%, em aberto, com planos de marketing inexistentes (ou sempre iguais para cada tipo de situação), sem acompanhamento e possivelmente sem resultado final. No final, a escolha de como queremos ser servidos é nossa.

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