A nossa casa como solução financeira para um final feliz de vida.
Artigo de Pedro Almeida Cruz, fundador da Emphatia
“Muitas vezes ouvimos dizer que o maior investimento que fazemos na nossa vida é a compra da casa em que vivemos. E assim é.
Quando tomamos essa decisão, sentimo-nos orgulhosos da sua posse, de termos para nós um “lar”, de darmos um teto aos nossos filhos, de podermos ter a alegria de receber nela os nossos familiares e amigos. Neste sentido, a compra da casa é um investimento cujo retorno está ligado ao conforto que proporcionamos a nós próprios e a todos os que nos rodeiam.
Com o passar do tempo, a ligação ao nosso lar torna-se ainda mais emocional e sentimental, pois é debaixo do seu teto que criamos a nossa história. Mas não só, pois habituamo-nos também a estar ligados a um espaço mais alargado, onde o nosso bairro, os nossos vizinhos, a sua dinâmica, os seus costumes e hábitos desempenham um papel importante na nossa vida, prendendo-nos de forma indelével a um lugar e a uma memória.
O nosso lar torna-se, assim, numa extensão de nós próprios.
Por isso, na maior parte das vezes, a casa que habitamos é encarada como “o porto de abrigo” para toda a nossa vida, ainda que fique, ao longo do tempo, desadequada ou desatualizada, desproporcionada ou disfuncional. Mesmo nessas condições, é lá que muitos de nós gostam de estar e de viver, porque a cada dia que nos levantamos, sentimos a sua história, a sua cor, a sua luz, os seus cheiros.
As nossas casas serão sempre atores principais na história das nossas vidas, e é por esse motivo que nos ligamos tanto ao nosso lar, e que o torna verdadeiramente único.
Mas, após uma vida inteira de trabalho, chegamos a um momento em que as preocupações passam a centrar-se em aspetos como o envelhecimento ativo, o estado geral da nossa saúde, a segurança financeira, o conforto, a ajuda aos nossos filhos e netos, mas também à realização de alguns sonhos que ficaram por cumprir.
Coincidentemente, é também durante esses anos de reforma que o nosso rendimento disponível sofre uma preocupante redução, a que se junta, muitas vezes, parcas poupanças que foram acumuladas ao longo do tempo.
Torna-se, pois, urgente, encontrar soluções abrangentes e que possam mitigar esses problemas, por forma a reduzir, fundamentalmente, as desigualdades sociais de quem é mais velho.
Urge pensar em soluções alternativas e criativas que ofereçam às famílias uma resposta que lhes permita encarar o futuro com outra tranquilidade financeira.
Com esse propósito, questiono:
E se a propriedade da casa de cada um fizesse parte da solução para este problema, ajudando a trazer para o último período da vida uma tranquilidade financeira e uma qualidade de vida até agora inimagináveis?
Deste modo, apresenta-se como solução:
- a venda de habitação com usufruto.
Esta fórmula – a venda da habitação própria com manutenção do seu usufruto – está devidamente prevista e salvaguardada pelo Código Civil, e oferece inteira segurança a quem decide vender a sua casa nestas condições, permitindo que o seu proprietário possa receber de imediato o produto da venda, continuando a usufruir da sua casa até ao fim dos seus dias (ou por um período que considere adequado).
Esta solução vem permitir, indubitavelmente, que a casa de cada um se torne numa verdadeira resposta financeira e, em boa verdade, social também, permitindo que cada família possa aproveitar, em benefício próprio, das valorizações que o mercado de habitação tem apresentado ao longo dos anos. Desta forma, cada família poderá converter o investimento que fez na compra da sua casa numa saída para os seus próprios problemas, anseios ou sonhos, sem que tenha, sublinhe-se, de sair do seu lar.
Esta poderá ser uma resposta inovadora que poderá transformar a vidas de muitas famílias.”
Uma solução interessante e pertinente que permite que a aquisição da casa seja feita com um desconto, sobretudo por investidores, mas protege o anterior proprietário permitindo que continue a viver na sua casa, até ao final da sua vida.