Coaching vs Mentoring? Artigo de opinião João Catalão
A incerteza é a nova normalidade.
A necessidade de aprender rumo à necessária adaptação e transformação tem no coaching e no mentoring excelentes aliados porque são processos poderosos de desenvolvimento pessoal e profissional.
Mais do que nunca, devido ao contexto acelerado de disrupção contínua devido às evoluções tecnológicas e às incertezas globais, o mundo corporativo de hoje reconhece o valor do coaching e no mentoring e como eles podem elevar as pessoas a novos patamares pessoais e profissionais.
Qual a diferença entre Mentoring e Coaching?
A EMCC Global define Coaching como sendo uma arte: a arte de ajudar uma pessoa ou um grupo a desenvolver e aprimorar o seu potencial profissional, relacional e pessoal na realização de projetos e a saber gerir a relação que tem consigo mesmo, com os outros e com seu ambiente.
Operacionaliza-se através de um diálogo socrático centrado no futuro entre um facilitador (coach) e o Cliente (coachee), onde o facilitador usa perguntas abertas, escuta ativa, resumos e reflexões que visam estimular o autoconhecimento e a responsabilização do coachee. Em resumo: O coaching cuida do INNER…
O mentoring é essencialmente um processo de desenvolvimento profissional e de carreira que se opera através do trabalho conjunto entre dois profissionais.
A principal nuance, relativamente ao coaching é que o mentoring contempla também uma dinâmica em que o mentor aporta ao mentee conhecimento, conselhos e experiências que possui…
Uma das diferenças mais distintivas entre coaching e mentoring, é o facto de o coaching ser um processo não diretivo e o mentoring ser diretivo. Como ambos os processos têm como missão facilitar o atingimento de metas e objetivos, é crescente a preferência do mercado por profissionais que sabem utilizar e conciliar a dinâmica dos dois processos.
Do ponto de vista formal e tradicional podemos considerar que os programas de coaching são intervenções de curto prazo, destinados a promover autonomia, operacionalizando-se através de conversas com a duração média de 1 a 1,5h e, normalmente, realizam-se 6 a 10 sessões intercaladas no tempo (2 a 3 semanas entre sessões).
O processo de coaching deve ser desenvolvido por profissionais qualificados e credenciados, sendo condição prévia que coach e coachee tenham compreensão e respeito mútuos.
Coaches são profissionais que sabem estar presente. Sabem gerar confiança. Sabem escutar. Sabem colocar as perguntas certas que convidem à reflexão, à consciencialização e à auto descoberta de novas possibilidades por parte do coachee. Só com estas competências e habilidades é possível o coach assumir o papel de verdadeiro facilitador, tornando reais e objetivas as sessões de forma a que seja o coachee a encontrar o equilíbrio certo entre as suas habilidades interpessoais e as habilidades práticas, motivado e mobilizado para maximizar o seu potencial .
Podemos dizer que mentoring é coaching PLUS…
Sendo um processo diretivo, recorre a ferramentas de coaching, operacionalizando-se através de diálogos criativos, de co-criação, de reflexões, orientação sólida e concreta e ainda da partilha de experiências, conhecimentos e habilidades do mentor.
O mentoring tem evoluído muito ao longo dos anos, surgindo novas modalidades, estando a assumir um papel cada vez mais relevante no desenvolvimento pessoal e profissional, pois cria contexto, o que responde com eficácia aos desafios decorrentes da incerteza que domina cada vez mais a agenda de todos nós.
A formação em mentoring tem evoluído muito, sendo hoje uma atividade cada vez mais profissionalizada e exigente do ponto de vista de competências.
Conhecimentos práticos e objetivos, energia motivadora e encorajadora, bem como domínio do flow do mentoring, são requisitos essenciais para se ser um bom mentor.
Artigo de João Alberto Catalão, Autor, Coach, Team Coach e Mentor de Executivos + em catalao.pt