Copypaster ou Copywriter? De Massimo Forte
Nos últimos 10 anos assistiu-se a uma evolução incrível de produção de dados e conteúdo para a internet através de sites, blogs mas principalmente, de redes sociais.
Mais artigos, mais vídeos, mais podcasts, significa mais informação, mais conteúdo, mas não necessariamente mais certezas, nem mais qualidade, e quem quer realmente separar o trigo do joio, encontra hoje uma enorme dificuldade de verificação que tem de ser feita com cada vez mais regularidade e mais rigor.
A cópia e contra informação prolifera nos meios digitais com o objetivo de benefício de interesses próprios e instantaneidade, práticas menos éticas que prejudicam quem acredita na falsa originalidade do conteúdo e do pressuposto autor.
A tecnologia pode ser usada de forma ética, mas a escolha é sempre nossa.
E neste jogo de conseguir seguidores a todo o custo, e desenvolver um negócio escalável utilizando muitas vezes antigas técnicas de persuasão, ignora-se que se está claramente a “matar” a parte boa da internet, ou seja, a capacidade de gerar informação genuína, de forma rápida e acessível a todas as pessoas que a usem.
Por exemplo, a inteligência artificial pode ser uma grande aliada para quem desenvolve conteúdo de qualidade, mas também poderá acabar por ser uma ótima ferramenta para quem precisa de gerar conteúdo rápido, sem grande preocupação sobre a qualidade do mesmo, nada contra, desde que esse mesmo conteúdo não seja utilizado para induzir em erro quem o consumirá mais tarde.
Acredito na originalidade.
A criatividade, autenticidade e originalidade são cada vez mais a chave da diferenciação, contudo, a criatividade é inspiração que dá muito trabalho a concretizar. Por exemplo, pesquisa e tempo de maturação para escrever um artigo, inspiração de diversas formas para criar e realizar um vídeo e sistematização e sentido critico para quem escreve um livro.
Trabalhar conteúdo relevante para o seu público-alvo, para a sua tribo, para os seus seguidores, não pode ser feito de forma instantânea e genuína sem um grande trabalho por trás de pensamento ou experiência sobre o propósito do porquê, e o valor que está a entregar para quem está a servir.
A pandemia veio ajudar este processo com pseudo coachs, pseudo mentores, pseudo fromadores, pseudo qualquer coisa que nasceram e continuam a nascer como cogumelos copiando conteúdos, práticas, táticas, estratégias como sendo seus, sem saber como lhes dar consistência, autenticidade e valor no momento zero da verdade, ou seja, no momento da verdadeira experiência de estarem ao vivo com quem os segue.
E é precisamente nesse momento da verdade, que se distingue um copypaster, de um verdadeiro copywriter.
Artigo de Massimo Forte.