07 de Março, 2018

Como cresceram as Redes de Franchising Imobiliário nos Estados Unidos em 2017?

Massimo Forte

Comparação das grandes marcas em relação ao do número de agentes, agências e outros parâmetros

Por Lew Sichelman (autor norteamericano que segue os mercados imobiliários desde há 50 anos; a sua coluna semanal “The Housing Scene” aparece em jornais de todo o país).

Resulta surpreendente que, tendo em conta a vasta gama de franchising e a crescente quota de mercado dos maiores mediadores imobiliários norte americanos, menos de metade – apenas 43% – dos 1,2 milhões de membros da Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR – National Association of Realtors) trabalham para um franchising, segundo o seu perfil de membro do grupo comercial em 2017. Isto implica que a maioria dos mediadores erguem a sua própria bandeira com empresas independentes.

Mesmo assim, a pergunta continua no ar: Qual é a maior rede de Franchising e quem está a crescer neste espaço cada vez mais competitivo?

Os lucros empresarias sazonais oferecem uma ideia acerca de como determinadas empresas estão a comportar-se cada trimestre, sendo outra fonte de informação o Relatório bienal de 2017 sobre Franchising Imobiliários. Lançado no passado Outono e cobrindo 32 companhias, incluídas RE/MAX, Keller Williams, e os franchisings sob a asa da Realogy, o relatório mede os franchisings tendo em conta o número total de agentes, agências, estruturas de apoio e outras variáveis. (A NAR, que lança o Relatório sobre as Redes de Franchising desde 2003, não apresenta volume de vendas nem produtividade).

Olhando para o ano passado, a Inman debruçou-se sobre o relatório mais recente para ver como as grandes marcas cresceram, quais foram as líderes e quais aquelas que abrandaram o seu crescimento.

Comparação de franchising por número de agentes, agências

A Keller Williams tem-se afirmado desde há tempo como o maior Franchising imobiliário em número de agentes. A empresa, sedeada em Austin, Texas, declarou ter 149.203 agentes nos Estados Unidos, em Abril de 2017 – o momento em que a NAR recolheu os dados. (Segundo os relatórios de lucros, a empresa de 34 anos de vida e de capital privado, adicionou globalmente 6.011 novos agentes no terceiro trimestre, perfazendo um total de afiliados de 173.015).

Com base nos dados da NAR, os quatro maiores concorrentes em relação ao número de agentes americanos, a seguir à Keller Williams são:

  • Coldwell Banker (89.000 agentes), com sede em Madison, Nova Jersey
  • RE/MAX (62.441 agentes), com sede em Denver
  • Century 21 (55.346 agentes), com sede em Madison, Nova Jersey
  • Berkshire Hathaway HomeServices (BHHS) (43.479 agentes), com sede em Irvine, Califórnia

Fonte: Relatório de 2017 sobre Franchising Imobiliário da Associação Nacional de Agentes Imobiliários (NAR). *Em 1 de Abril de 2017; agrupadas as agências propriedade da empresa e as franchisadas. (Nota: Isto é uma amostragem. Nem todas as empresas que a NAR incluiu no relatório aparecem nesta tabela).
De salientar a relativa curta vida da BHHS (a empresa começou o franchising apenas em 2013) em comparação com marcas da velha guarda com as quais já está a competir, incluídas a Century 21, que começou em 1971, a RE/MAX (1975) e a Keller Williams (1987).

Se contarmos o total de agências, RE/MAX é a empresa com maior número, com um total de 3.689, seguida da Century 21 (2.216), a Coldwell Banker (2.200) e a BHHS (1.313).

Em relação aos fees de entrada numa rede de franchising, várias grandes marcas cobram, 35000 USD incluídas a Keller Williams; a Better Homes and Gardens Real Estate, sedeada em Madison, Nova Jersey; e a Engel & Völkers North America com sede em Nova Iorque. A RE/MAX cobra entre 12.500 USD e 35.000 USD, enquanto que a Coldwell Banker, a Century 21 e a Sothesby’s International Realty – todas da marca Realogy – cobram 25.000 USD.

Segundo os dados, que franchisados estão a crescer?

De acordo com o relatório da NAR, tanto a RE/MAX, como a BHHS e a Keller Williams inauguraram agências entre 2015 e 2017  (ver a tabela para mais detalhes). Durante esse mesmo período, a Coldwell Banker, a Century 21 e a ERA Real Estate (todas da marca Realogy) reduziram o seu número de agências (pelo contrário, a Sotheby’s International Realty e a Better Homes and Gardens Real Estate, também sob a gestão da Realogy, adicionaram agências nesse período).

Conforme os dados da NAR, a Coldwell Banker registou uma perda de 847 agências entre 2015 e Abril de 2017. No entanto, a Coldwell Banker observou que a NAR tinha registado o número de agências de modo errado no relatório, e pediu à Inman que atualizasse a reportagem para afirmar que a Coldwell Banker contava com um total de 3.000 agências em 2015 (700 internacionais e 2.300 nos Estados Unidos) e 3.000 agências (800 internacionais e 2.200 nos Estados Unidos) em 2017 “segundo os nossos dados publicados”, o que indicaria uma perda de 100 agências nos Estados Unidos nesse período.

A Realogy começa o 2018 com Ryan Schneider ao comando, um líder que faz a gestão em função dos dados, como parte da grande reviravolta que o gigante imobiliário deu nos seus quadros executivos e de gestão para voltar a impulsionar o seu crescimento. A RE/MAX teve um ano forte, mas omitiu os seus resultados dos lucros do terceiro trimestre, e anunciou que a empresa estava a investigar internamente os seus CEO’s Dave Liniger e Adam Contos e a analisar “acusações de irregularidade nas práticas e condutas laborais”; por isso a marca pode estar a baixar para esse misterioso revés no início do ano.

Outra que poderá crescer em 2018 é a HomeSmart International sedeada em Scottsdale, Arizona, a qual nos últimos dois anos aumentou 26 agências e este ano adquiriu a Cherry Creek Properties, em Denver.

 

Nota do editor: Esta reportagem foi atualizada e corrigida a pedido da Coldwell Banker a 30 de Dezembro de 2017.

Fonte: INMAN

 

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