27 de Dezembro, 2017

COMO ESCOLHER O SEU AGENTE IMOBILIÁRIO?

Massimo Forte

Portugal está na moda, Lisboa está no centro e o Porto está na linha da frente no que diz respeito a investimento imobiliário. Para comprovar este facto, são já várias as celebridades que escolheram Portugal como a sua principal residência, e são já vários os investidores estrangeiros que continuam a demonstrar interesse, investidores estes de mais de 30 países diferentes.

Mas a pergunta que se impõem não é se Portugal tem ou não tem potencial, é sim, como se pode investir em Portugal? Nomeadamente, com quem se deve aconselhar, com quem deve tratar de todo o processo e documentação, e quem será efetivamente o profissional certo para depositar a sua confiança?

Em Portugal a atividade de Mediação Imobiliária está já bastante evoluída, existem mais de 5 grandes marcas multinacionais a operar, com quase 20 anos de experiência de mercado, existem também várias empresas nacionais com grande capacidade e experiência local e que são hoje capazes de oferecer um serviço especializado e de excelência, sendo aqui a dificuldade não na escolha da empresa, mas na escolha da pessoa certa para o seu perfil de investidor e é esta a escolha que fará a diferença para quem procura uma experiência de serviço de topo.

Por trabalhar com milhares de Agentes Imobiliários de Norte a Sul do país, posso deixar aqui a minha opinião sobre como encontrar o Agente Imobiliário ideal para o acompanhar no seu investimento:

  1. Em Portugal e de acordo com a lei vigente, o Agente Imobiliário não pode tratar de aspetos jurídicos ligados ao processo de investimento, por isso certifique-se que o Agente é assessorado por um Gabinete Jurídico independente que lhe garanta o tratamento de todos os aspetos legais referentes ao imóvel ou imóveis que pretenda adquirir;
  2. O Agente Imobiliário terá de trabalhar sob uma licença denominada de licença AMI, ou através de uma empresa que tenha este licenciamento;
  3. Não se preocupe se o Agente lhe disser que não é especialista em Portugal, mas sim numa zona específica de Portugal, afinal, quem é especialista de tudo, não é especialista de nada!
  4. Peça-lhe referências e provas dadas em forma de testemunhos. Sempre que possível, verifique a veracidade destes factos, pode inclusive utilizar a internet para este efeito;
  5. Certifique-se que o Agente que está a contactar trabalha em parceria com outros Agentes e Empresas. O produto imobiliário neste momento é escasso, por isso será natural que este recorra a imóveis de parceiros com o objetivo de lhe dar a melhor solução, e isto será uma vantagem para si;
  6. Sempre que possível trabalhe com profissionais que tenham imóveis angariados em regime de exclusividade para que lhe garantam segurança e estabilidade no negócio que pretende realizar, evitando assim eventuais dissabores por exemplo na informação dada e posteriormente, na transação em si,
  7. O seu Agente tem de ser um networker, uma pessoa bem relacionada que interage regularmente nas redes socias ou fora delas para reforçar a afiliação a grupos específicos;
  8. O seu Agente tem de ser bem formado. Verifique no seu site ou nas suas redes sociais (principalmente linkedin) qual o seu percurso académico e qual a sua formação ao longo da carreira, um bom Agente está sempre num processo de formação contínua.
  9. Analise bem a proposta de valor que o Agente Imobiliário lhe apresenta, peça-lhe que faça uma apresentação presencial dos serviços que dispõem, se não tiver uma apresentação de serviços, será desde logo um mau sinal!
  10. Verifique se se identifica com a forma de comunicação utilizada pelo Agente, será sempre mais fácil criar uma relação de confiança quando se ganha uma relação de empatia.

 

Será igualmente importante para si e como investidor, a definição dos seguintes pontos:

  1. Defina bem o tipo de investimento;
  2. Apesar do país ser pequeno, centre-se em determinadas zonas, não procure em todo o país e não deixe de explorar fora das zonas habituais;
  3. Procure sempre a ajuda de um profissional reconhecido;
  4. Procure apoio legal;
  5. E principalmente, não perca o momento!

 

Artigo publicado na Revista Brick.

 

Partilhe a sua opinião