DIZER “NÃO” A UM CLIENTE, É FUNDAMENTAL
DIZER “NÃO” A UM CLIENTE, É FUNDAMENTAL.
“Se não consegue dizer “não”, as pessoas vão abusar de si. Será visto como um tarefeiro e ninguém lhe vai perguntar a opinião ou sequer levá-lo a sério quando a der. Dizer “não” lembra às pessoas que não têm controlo sobre si.” Elite Daily
Acredito nesta verdade, merece o devido destaque e partilha para toda a comunidade da Mediação Imobiliária. Retirei esta citação do blog Elite Daily, mas na realidade, o título fui eu que acrescentei, na minha opinião e acredito que também na vossa, é mesmo fundamental saber dizer não aos nossos clientes e aplicar esta máxima sempre que necessário, ou seja, quase diariamente, caso contrário, as consequências surgem inevitavelmente.
Tendo em conta que saber dizer “não”, é tão importante para a nossa atividade, como para a nossa vida privada, como saber dizer “não” da melhor forma?
Alguns passos que eu pratico todos os dias:
1. Ter uma agenda e acima de tudo, respeitá-la
Para conseguirmos fazer tudo o que nos propomos, com a devida competência e qualidade, não podemos “ir a todas”, assim sendo, ter uma agenda, ou seja, planear e priorizar o nosso tempo, é imprescindível. Mas só isto não chega, há que respeitar absolutamente a sua agenda como regra e sem exceção. “Dê prioridade ao que é prioritário”
2. Todos temos um valor
Na vida profissional, todos temos um valor, ou seja, todos temos um preço. Este preço tem de estar bem calculado e definido, preço no qual deve acreditar e também aqui deve evitar cair no erro da exceção, ou seja, do desconto indiscriminado e frequente com receio de dizer “não”. Neste caso muito especial e tão atual, um potencial desconto no seu valor carece da avaliação do potencial de condições muito especiais, que indiciem futuras colaborações, para assim poder negociar contrapartidas. “Nós somos o produto, por isso temos sempre que nos saber valorizar”
3. Não se trata da palavra “não”, mas sim da forma como diz o seu “não”
Há pessoas que são exímias na arte de dizer que não, são tão compreensivas, empáticas e ao mesmo tempo, verdadeiras e autênticas na forma como o fazem, que o cliente não só aceita, mas espante-se, tem imensa vontade de o compreender e de voltar a contactá-lo, mesmo depois de ter ouvido um “não”. “…Adoraria poder mostra-lhe a casa hoje, foi mesmo uma pena ligar-me tão em cima da hora, infelizmente hoje tenho uma formação para servir melhor os meus clientes, e espero que compreenda que não posso mesmo faltar…”
4. Encontre uma alternativa, procure a solução
Depois de um “não”, mesmo que assimilado e aceite, será sempre bom ouvir um “sim”, ou seja, uma solução. No fundo, nós não queremos que o cliente ou interessado deixe de trabalhar connosco, apenas queremos ser fiéis aos nossos princípios e planeamento, para não prejudicarmos toda a restante agenda. “…Não consigo dessa forma, contudo, se conseguirmos desta forma, podemos chegar ao “sim”…”
5. Win, win, sempre
Muitas vezes o “não”, não significa um final do diálogo, ou seja, a alternativa foi transmitida, mas simplesmente não houve um feedback por parte do cliente. Sempre com um sorriso nos lábios, há que fechar o nosso “não” para trabalhar no nosso “sim”, o sim que tanto queremos, para isso, basta uma simples frase: “…e se for assim, o que lhe parece?…”
Concluo com o seguinte, a maior parte das vendas começam com um “não” inicial de uma das partes, não ceder ao nosso planeamento, valor e valores, vai-nos fazer mais fortes, mais credíveis e mais desejados. O “sim” com interesse verdadeiro, é o que vai prevalecer, no fundo, só podemos ajudar quem quer ser ajudado.
“Foco é saber dizer não” Steve Jobs