MOMENTOS DE PARTILHA NOS UCI LIVE TALKS
Em Junho tive a honra de participar no 17º webinar da UCI live talks, uma iniciativa que durante 18 semanas partilhou uma nova forma de viver o dia a dia.
Este 17º talk foi particularmente especial para mim porque, tive o prazer de moderar um debate com 5 pessoas extraordinárias que representaram a mediação imobiliária num todo com Agentes e Brokers destacados do nosso mercado que partilharam as suas histórias e testemunhos de resiliência de profissionais que se dedicam de corpo e alma a este negócio porque acreditam que podem ajudar pessoas a encontrar uma casa a que as famílias chamam de lar. Escolher este painel foi uma grande responsabilidade para mim e no final senti que a minha missão de partilha foi totalmente cumprida.
A partilha nesta fase tão nova nas nossas vidas começou com a Saida Morais, Top Producer da REMAX G4 nas Laranjeiras em Lisboa, uma comercial com mais de 15 anos de experiência na atividade que referiu a importância da relação, ou melhor dizendo, das relações com a sua comunidade. A Saida trabalha muito a sua zona de posicionamento e refere a relevância do seu contacto junto das pessoas da sua zona disponibilizando a ajudar e esclarecer no que podia durante o período de confinamento. Para a Saida, relação significa ligação com o outro, respondeu depois à minha pergunta de como se chega a Top Producer de forma assertiva e imediata: “sendo única, com extrema dedicação e paixão por aquilo que se faz”.
A conversa foi passando de interveniente em interveniente de forma dinâmica, todos tinham um sorriso verdadeiro nos lábios que refletia uma evidência clara de atitude mental positiva.
O Filipe Pereira da Century21 Realty Art M&J é uma marca pessoal forte na Mediação Imobiliária, com ligações a França, país onde viveu grande parte da sua vida, tem no uso do laço a imagem que o inspirou e o diferencia, a Century21 Realty Art M&J é marca líder em França. Apesar de ser uma pessoa do offline, mais de terreno e contacto direto, refere a importância do canal digital, meio onde também trabalha de forma exímia. As redes sociais e o conteúdo relevante para a sua comunidade, fizeram com que a sua comunicação com os seus clientes internacionais se mantivesse sempre ligada e bem ligada, ao ponto de na altura da reabertura de portas da sua agência pós confinamento, quase que não tivesse dado conta do distanciamento. Por fim refere com grande destaque a importância de trabalhar em equipa, o Filipe é um agente de topo suportado por uma equipa de pessoas especializadas em várias áreas, o que lhe permite desenvolver um nível de serviço de excelência para os seus clientes: “foi muito importante, durante os dias de confinamento, manter a minha equipa motivada e focada”.
Foi a vez do Helder Batista, Broker Coldwell Banker City na Av Roma em Lisboa, falar no que distinguiu a equipa nesta fase, considerando que foi a coragem de inovar e o forte apoio da marca internacional. Referiu que criaram um grupo de trabalho para gerir e vencer esta situação menos positiva e para aprender para saírem ainda mais fortes e foi isso que aconteceu: “criamos uma equipa dentro da equipa, desenvolvemos boas práticas para serem aplicadas de imediato, a união do grupo era imprescindível para encontrar as soluções e a última etapa foi a aplicação prática das ideias que desenvolvemos”. E assim tornou-se provavelmente a primeira empresa de mediação imobiliária em Portugal a adaptar-se e a realizar uma Open House virtual em pleno confinamento devido à pandemia de COVID-19. Como pessoa de pessoas que o Helder é, refere uma frase que o marcou durante este período e que possivelmente vai continuar a considerar durante toda a sua vida: “foca-te no importante e não no urgente”.
O webinar tinha também como objetivo perceber como estava o mercado, como andam os preços, a procura, a oferta e os investidores, será que é uma boa altura para comprar? E vender?
Para isso tivemos o prazer de ter connosco o André Maia da Homehunting em Lisboa, foi fácil comprovar que as transações baixaram consideravelmente, agora os preços terem subido no primeiro trimestre do ano e o facto de conseguirem manter-se a funcionar durante o período de confinamento, era algo pouco esperado por muitos. A explicação está possivelmente no stock ainda escasso, no facto de existir ainda muita liquidez e noutra característica clara que é, a lentidão da reação do mercado imobiliário em situações de crise. O André também refere ainda a importância de perceber que o mercado difere de sítio para sítio e dá o exemplo da margem sul como um mercado mais dinâmico, de valores ainda aceitáveis e propícios ao arrendamento, em detrimento de outros locais, que têm vindo a subir muito de valor e onde as rendas não acompanham, que se tornam cada vez menos apetecíveis para investidores deste tipo. O papel do Agente Imobiliário será o de saber medir o mercado on-time, principalmente no que diz respeito aos tempos de absorção, aumento de stock e procura para saber aconselhar bem e com confiança o investidor: “será necessário ter algum cuidado com especuladores que tendem a esperar que o mercado baixe, quando ainda não baixou”.
O Nuno Caetano da Agência GREAT em Lisboa, veio complementar falando das tendências do sector, dando continuidade à conversa e referindo a importância da especialização, não fosse a sua empresa uma especialista de bairro. Segundo o Nuno, ficou provado que as proptechs não estão a vingar por si só, os Agentes estão definitivamente a incorporar a tecnologia, mas as equipas, tal como o Filipe Pereira já tinha comentado, serão o futuro fazendo com que os Agentes Profissionais saiam mais fortes e com mais know how de uso de ferramentas tecnológicas que continuam a surgir de dia para dia, na sua opinião, para quem é realmente profissional, prevê-se um futuro bastante risonho. A ideia chave que deixa para vencer mais esta crise é apenas uma: “acrescentar valor aos seus clientes”.
Não posso deixar de referir o Pedro Pereira, Diretor de Marketing da UCI e principal organizador do evento que concluiu dizendo: “esta foi sem dúvida uma grande contribuição de todos para o futuro da mediação imobiliária em Portugal.”