28 de Dezembro, 2022

HUMANIZAÇÃO, o futuro da retenção e produtividade

Massimo Forte

Artigo original de Hélder Batista, CEO – Coldwell Banker CITY

De todas as qualidades possíveis imputadas a uma organização empresarial, o valor humano é sem dúvida aquele que se destaca para a realização do seu sucesso.

Vivemos num mundo empresarial cada vez mais tecnológico e de fácil acesso a informação diversa, podemos considerar a futura geração como privilegiada na evolução e conhecimento, mas estaremos de facto a acompanhar essa mesma evolução com a humanização das empresas?

Todas as marcas são representadas por pessoas, é das mesmas que advém a produtividade e sucesso, que se retrata em números, porém, antes dos objetivos e metas a cumprir, vêm a valorização, acompanhamento e desenvolvimento dessas mesmas pessoas. É fundamental parar para entender, escutar e valorizar quem está por detrás dos resultados, não podemos emergir com consistência numa sociedade onde se usam pessoas e se valorizam bens, até porque só o homem pode gerar dinheiro, mas o dinheiro não pode gerar o homem.

É urgente criar cada vez mais medidas de humanização em todas as empresas, porque também e cada vez mais, os colaboradores querem ser ouvidos e reconhecidos pelo seu valor humano aplicado ao seu desempenho.

Da recente pandemia derivou um isolamento social e falta de contacto, ficou até hoje presente uma lacuna nas relações e uma falta de comunicação evidente em que as pessoas mais facilmente mandam um Whatsapp, do que dizem um “bom dia com um sorriso nos lábios”.

Não descurando a importância da evolução tecnológica e tudo o que ela veio trazer às empresas, e importante referir que não pode ser aplicada sem a vertente humana.

Temos de ter uma comunicação, transparente e um acompanhamento a todos os níveis de necessidades pessoais e profissionais dos nossos colaboradores e isso começa dos mais pequenos exemplos e detalhes dos que lideram.

Apontar as falhas e justificá-las com números é trabalho sem grande dificuldade, diria até que mecânico, porém estar presente ao lado de quem luta constantemente para superar os obstáculos contribuindo com colaboração, orientando para o sucesso e nunca descurando o desenvolvimento pessoal, o conhecimento das crenças, dos medos, das limitações de cada colaborador, arranjando soluções e metodologias que se adaptem individualmente a cada pessoa, isso é um trabalho para verdadeiros LÍDERES.

A exigência nunca pode existir antes do conhecimento intrínseco de “a quem se está a exigir, o quê”, não podemos obrigar margaridas a darem girassóis e não podemos acima de tudo rotular seres humanos pela mesma estatística de valor e resultado. É preciso saber porque é que não foram obtidos os resultados daquela pessoa, é preciso reconhecer onde foi a falha e voltar a ensinar se preciso, escutar e assumir que como líderes fazemos parte do erro, fazemos parte da derrota como fazemos parte do sucesso, se damos a cara para os prémios, temos que dar os braços para ajudar a levantar quem se julga cair a meio do processo.

Num futuro empresarial próximo, não vão chegar os resultados em gráficos bonitos, sobrevalorizando as metas alcançadas e percentagens, vão ser preciso líderes humanos, capazes de manter um ambiente de sucesso coletivo através da ambição não do ter, mas do ser, são necessários líderes de mercado com a perspetiva de trazer a felicidade e investimento na componente humana dentro da sua organização.

As pessoas já não querem ver o seu talento premiado, não basta, querem vê-lo valorizado num ato contínuo de respeito, motivação e confiança por parte daqueles que se dizem ser o exemplo a seguir das boas condutas e normas empresariais.

Temos exemplos concretos de como as empresa portuguesas se destacam com a Delta, de como o fator humano é a estrela de diferenciação para atingir o sucesso, afinal, quem são as pessoas atrás dos números? Quem são as suas famílias, os seus sonhos, os seus desejos, os seus medos…

Nós não somos um todo coletivo no que diz respeito ao nosso carácter e visão de vida, nós somos um todo individual, e é nessa capacidade de dar resposta a todas a formas individuais e de saber ser e estar que se distinguem os grande líderes dos restantes.

Artigo original de Hélder Batista, CEO – Coldwell Banker CITY

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