14 de Abril, 2023

Imovirtual acaba de lançar o barómetro de Março. Estabilização de valores à vista?

Massimo Forte

Março registou uma estabilização de valores.

O Imovirtual, portal imobiliário de referência, acaba de divulgar o seu Barómetro Mensal, um estudo, baseado em dados disponíveis na plataforma, no qual analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento em Portugal. Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de março com fevereiro deste ano e com o período homólogo (março) do ano passado.

Fixando-se em 1.437€, um valor inalterado de fevereiro para março, a renda média têm demonstrado estabilidade desde o início do ano. Face a 2022, há um aumento de +34,3%, com as rendas 367€ mais caras.

Lisboa continua o distrito mais caro em março, com a renda média acima dos 2 mil euros e um dos maiores aumentos face a 2022 (+51,95%), juntamente com Leiria (53,9%) e Portalegre (+51,85%).

ARRENDAMENTO

  • O valor médio dos imóveis para arrendar mantém-se estável de fevereiro para março, mantendo-se inalterado em 1.437€. O valor mantém-se estável desde janeiro, quando a renda média era de 1.445€. Em relação a março do ano anterior, quando a renda média se fixava nos 1.070€, há um aumento de +34,3% (367€ mais cara).

Distritos em Destaque:

  • Guarda (+27,8%) e Portalegre (+25,1%) são os distritos com maior aumento da renda média em março, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 522€ e 513€, respetivamente.
  • Em contrapartida, Évora regista novamente a maior descida da renda média em março (-23,1%), comparativamente com fevereiro, descendo de 907€ para 697€. Segue-se o distrito de Beja (-14,2%), onde a renda média se fixa em 544€.
  • Em relação a março do ano passado, Leiria (53,9%) foi o distrito com maior aumento de renda média, que subiu de 573€ para 882€. Seguem-se Lisboa (+51,95%, onde sobe de 1.336€ para 2.030€) e Portalegre (+51,85%, onde sobe de 338€ para 513€).
  • Face a março do ano passado, arrendar casa ficou mais caro em praticamente todos os distritos. Apenas se registam decréscimos da renda média em Bragança (-17,8%) e Beja (-14,4%).
  • ●       Bragança (396€), Castelo Branco (507€), Portalegre (513€) e Guarda (522€) são os distritos mais baratos para arrendar em março. Lisboa é o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2.030€), seguindo-se Porto (1.301€), Setúbal (1.214€) e Faro (1.194€).

VENDA

  • O preço médio de venda anunciado mostra estabilização em março, em relação a fevereiro (+0,52%), fixando-se em 401.786€. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registava um valor médio de venda de 380.558€, há um aumento de +5,6%, com as casas a ficar cerca de 21 mil euros mais caras.

Distritos em Destaque:

  • O distrito com o maior aumento do preço médio de venda em março, face a fevereiro, foi a Madeira (+5%, para 498.270€). Seguem-se Viana do Castelo (+3,7%) e Viseu (+2,9%), com os valores a fixarem-se, respetivamente, em 268.900€ e 191.445€.
  • Por outro lado, Bragança (-3,2%) e Évora (-2,6%) registam os decréscimos mais significativos de fevereiro para março, com os restantes distritos a registarem relativa estabilização.
  • Em relação ao mesmo mês de 2022, os distritos que registaram maior aumento no preço das casas foram a Madeira (+23,4%), Viana do Castelo (+18,4%) e Santarém (+17,8%), com os valores médios atuais de 498.270€, 268.900€ e 207.664€, respetivamente.
  • Bragança (-32,8%) é novamente o distrito que, face ao mesmo mês do ano passado, regista a maior quebra do preço médio de venda.
  • Guarda (111.558€) e Portalegre (118.798€) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em março. Os mais caros foram Lisboa (624.599€), Faro (588.267€) e Região Autónoma da Madeira (498.270€).

Diogo Lopes, Marketing Manager do Imovirtual acredita que é uma tendência que se vai continuar a observar. “Pelo terceiro mês consecutivo, vemos uma estabilização da renda média, contrariando a tendência que observamos ao longo de todo o ano passado. Ainda se verifica que, em comparação com o ano anterior, os valores estão bastante mais elevados, mas esta estabilização demonstra a adaptabilidade do mercado ao atual contexto social e económico e faz-nos antecipar que é algo que podemos continuar a observar nos próximos meses, pelo menos a curto prazo”.

Será que temos uma estabilização de preços à vista?

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