01 de Fevereiro, 2023

Mercado Imobiliário 2023 –  sinais positivos, mas não para todos.

Massimo Forte

Nem os mais positivos o podem negar, 2023 iniciou-se com receio de um agravamento do cenário inflacionista de 2022 e com a certeza de que o crescimento da economia portuguesa em 2022 de 6,8%, não se repetirá tão cedo, apesar do Banco de Portugal prever mais um ano de crescimento (+1,5%).

O impacto da guerra na Ucrânia, a subida de taxas de juro, de preços de energia, de matérias-primas e de bens alimentares continua a ser uma ameaça. No entanto e após uma escalada inflacionista de 8,1% em 2022, o Banco de Portugal prevê para este ano uma diminuição gradual da inflação para 5,8% e 3,3% para 2024.

Afinal nem tudo é negativo!

Em 2022 o mercado de trabalho não sofreu o impacto esperado, conseguiu manter um comportamento favorável com o emprego a crescer 2,3%, sendo que segundo o Banco de Portugal dos anos 2023 a 2025, prevê-se uma estabilização.

Já o mercado imobiliário teve a maior valorização anual dos últimos 30 anos, com um número elevado de transações, preços em constante subida, mais financiamento, mais agências imobiliárias, mais agentes e muitos outros indicadores que, até ao momento, contrariam cenários de uma iminente bolha prestes a rebentar em 2023.

Tudo parece bem, mas isso não quer dizer que tudo esteja bem para todos.

Perante um cenário em que nem os melhores analistas se comprometem com certezas, há que avaliar as evidências que podem impactar todos os mercados e todos os segmentos com o objetivo de prevenir e agir:

  • O Banco Central Europeu estima que os preços da habitação, no conjunto dos países da Zona Euro, repito, no conjunto e não em Portugal, registem uma descida até 9% nos próximos dois anos, uma notícia menos boa para investidores;
  • Para 2023 também se prevê que a inflação diminua e estabilize nos anos seguintes, mas esta previsão está dependente de fatores que não são controláveis (escalada da guerra);
  • Em Portugal, temos pouca oferta habitacional para a generalidade dos segmentos;
  • E a oferta habitacional que há para o segmento médio/baixo e médio, sentiu a maior valorização de sempre nos últimos 2 anos (maior dificuldade de acesso a habitação a preços que conseguem pagar para o local onde desejam viver);
  • Temos uma dependência elevada do crédito para aquisição de habitação nos segmentos médio e médio/baixo;
  • E uma predominância elevada de taxas variáveis nos créditos à habitação existentes;
  • Com a já confirmada subida das taxas de juro e níveis de poupança historicamente baixos, não se adivinha um bom momento para as famílias portuguesas;
  • Os portugueses veem-se obrigados a recorrer às suas poupanças para fazer face ao aumento de custos nos eu orçamento mensal e começam a ver o fundo do pote a ficar vazio.

Mas tudo está bem para investidores e segmentos com maior poder de compra, certo?

Muitos dos fatores mencionados atrás não afetam o mercado de investimento imobiliário (se os preços não seguirem uma tendência de desvalorização acentuada), nem os segmentos com maior poder de compra. No entanto, e apesar deste segmento ser extremamente importante para o desenvolvimento do setor, o grosso do mercado não é por ele representado.

E para a maioria dos portugueses, o que significa este cenário?

Começa a haver um estrangulamento de escolha de habitação a preços democráticos dentro e junto às principais cidades do país, facto suportado pelos dados do primeiro trimestre de 2022 da OCDE que demonstram que Portugal regista o maior fosso entre preços das casas e salários auferidos, algo que melhores políticas terão de resolver a curto prazo.

Quais os receios?

Há de facto fatores que vão impactar grande parte da população portuguesa que, teme chegar a um ponto em que não terá mais poupanças para recorrer e terá de decidir o que pode continuar a suportar como despesa, equacionando ao mesmo tempo o seu estilo de vida e a pressão da decisão de venda ou arrendamento da sua casa.

Se estas pessoas não conseguirem ultrapassar o desafio de resistir a um cenário menos positivo para o seu segmento, não duvido que as suas decisões (ou não decisões) causarão impacto no mercado imobiliário em geral.    

Opiniões de quem está no mercado.

As empresas com quem trabalho ao nível de consultoria de negócio para a atividade de mediação imobiliária têm-se revelado como as melhores fontes para perceber como o mercado está a reagir e como poderão fazer parte da solução.

Para o segmento de mercado médio e médio baixo, não têm ainda registado em número significativo a necessidade de mudança de casa para um imóvel mais barato com o objetivo de evitar incumprimento, mas têm sentido alguma retração na decisão, na procura e uma maior lentidão de prazos de transação, o que pode indiciar um potencial cenário de ajuste de preços em baixa influenciado pelo lado do comprador para possibilitar justamente que o mercado se torne mais dinâmico.

Ainda é cedo para se começar a ter certezas.

Será que de facto vai existir uma pressão abrupta de baixa de preço e uma rápida necessidade de mudança de casa para uma casa menor e/ou mais barata?

Os bancos terão dados mais concretos e assertivos, mas sabendo que há uma parte substancial de empréstimos à habitação indexados à taxa Euribor a 12 meses que ainda não sentiram o impacto do agravamento na prestação (algo que acontecerá durante os meses de março e abril deste ano), só mais à frente se poderá fazer uma leitura mais correta da real situação.

Soluções entre os novos players do imobiliário.

Uma coisa é certa, as condições mudam, mas continuará sempre a existir a necessidade e possibilidade de venda e compra de casa como forma de dar resposta a eventuais necessidades de mudanças de vida das pessoas que nelas moram.

E uma dessas soluções é a Casavo, uma empresa que entrou recentemente em Portugal e que conta já com a experiência do mercado italiano desde 2017, espanhol e, mais recentemente, francês.

A Casavo trabalha com o cliente final e com a mediação imobiliária local como parceiro de negócio para garantir uma experiência de troca de casa positiva, rápida e sem barreiras.    

A plataforma considera que as mudanças devem ser feitas com a maior liberdade possível e isso implica simplificar ao máximo o processo de venda ou compra de casa, tornando-o mais rápido e transparente, eliminando as dores e receios dos seus clientes – e tudo através da sua plataforma que permite o acesso e controle total da transação.

A Casavo pode ser uma solução para os clientes que sentem que têm de tomar uma decisão rápida de mudança da sua vida.

Basta aceder à app ou ao site para pedir uma avaliação em segundos da sua casa. Esta avaliação é feita através do algoritmo desenvolvido pela empresa, sem necessidade de visita física e sem qualquer custo, apenas tem de seguir os passos pedidos e fornecer os dados necessários.

Se decidir vender a sua casa à Casavo, esta garante-lhe uma oferta de compra em 48 horas e a sua compra em 10 dias.

Quem vende na maioria das vezes compra, e por isso a plataforma desenvolveu as “Casas Casavo”, apartamentos que compram diretamente, remodelam e colocam à venda, muitas vezes em parceria com profissionais de mediação que ajudam a promovê-las e a comercializá-las, garantindo que podem ser adquiridas com serviço, selo de garantia e confiança para quem procura iniciar um novo capítulo de vida de forma muito rápida e pretende apenas preocupar-se com o dia da sua mudança.

Artigo original de Massimo Forte

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