20 de Dezembro, 2023

2024, uma folha em branco

Massimo Forte

Para mim, um plano começa sempre por uma folha em branco.

Analiso o meu ano anterior, revejo os meus KPI’s, analiso o meu excell e começo o meu plano numa folha em branco num file em word e para isto preciso de tempo, de um ou vários dias sem interrupções, sem distrações ou sem pressões de outros assuntos para tratar, por isso, planeio sempre na minha agenda os dias em que vou planear o meu próximo ano.

Nesta folha em branco, começo sempre por escrever perguntas, perguntas sobre a minha vida e porquê? Porque para mim um negócio deve ser sempre criado e pensado para servir a nossa vida, e não o contrário.

Como Agente Imobiliário ou como Broker, desafie-se a iniciar o seu plano para 2024 com 2 perguntas fundamentais que servirão o seu propósito e razão para ação:

  1. Porquê?
  2. Para quê?

Relembrando Simon Sinek, se não tem um porquê para o que vai fazer, será sempre muito difícil a concretização seja do que for, pois não tendo nenhum motivo forte e relevante, será sempre difícil gerir motivação em momentos desafiantes para conseguir concretizar qualquer objetivo.

A falta de motivação e por consequência a falta de disciplina, têm sempre origem no começo de qualquer atividade que não tenha rumo.

O rumo vem com as respostas que deu anteriormente, estas respostas devem ser dividas em respostas pessoais e respostas para o seu projeto. Depois de encontrar as razões do seu rumo, defina o seu plano para lá chegar tendo em conta que são muitas vezes as respostas mais pessoais que o farão andar para a frente com o seu projeto tornando o sucesso deste numa consequência do que realmente pretende atingir para si, fazendo com que o seu negócio sirva a sua vida, e não o contrário.

Seja verdadeiro(a), assertivo(a) e organizado(a), coloque as razões e as ações que vão permitir o alcançar do resultado pretendido e os respetivos números que terá de cumprir, desta forma, ficará mais claro o que terá de fazer e como, todos os dias.

Apenas uma chamada de atenção, ainda sobre a fase inicial do exercício do “porquê” e “para quê”: Esta reflexão pode demorar algum tempo, por isso muitos profissionais começam a trabalhar no seu plano no final de setembro, outubro para terem a certeza de que terão tudo concluído antes do final do ano (novembro, dezembro).

Não importa como o faz, importa fazer.

Há várias formas de fazer um bom plano, pode iniciar somando os seguintes pontos:

Custos Fixos + Custos Variáveis + Impostos + Objetivos Pretendidos (o seu Porquê) = Objetivos de Faturação

Ou pode fazer ao contrário e definir um objetivo de faturação com base no seu “Porquê”, e depois definir como pretende chegar até lá, ou seja, definindo as ações e recursos que vai necessitar para chegar a esse objetivo.

Alguns erros que se cometem na definição de objetivos, por exemplo quando trabalhamos em equipa, é o de pedir a cada membro da equipa uma estimativa de faturação ou resultado, depois somar tudo, e assumir que esse será o nosso objetivo global. Deveria fazer ao contrário, deveria lançar um objetivo refletido por si e pela sua equipa com base nos vossos “Porquês” e depois perguntar à equipa como podem chegar até esse resultado, uma forma mais vinculante e desafiante de estipular metas ambiciosas e comprometimento com objetivos comuns que servem todos de forma pessoal e conjunta unindo-os com um único propósito: cumprir.

Os recursos para chegar aos objetivos ou ao objetivo devem ser igualmente falados e definidos, por isso prepare-se para escrever ao detalhe o que necessita para alcançar o pretendido.

Por exemplo, uma ferramenta simples e útil que pode usar para definição do seu planeamento estratégico, uma análise de SWOT que traduzido o acrónimo lista as Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças:

Para que tudo esteja alinhado, garanta que tem um sistema.

Garanta que o seu projeto, a sua equipa, a sua empresa tem um método operacional de trabalho que funciona, que é claro e que é aceite e percebido por todos, e por isso válido para conseguir cumprir ações, objetivos e resultados. Será tudo mais fácil assim! Se não tiver, pense que depois do seu porquê, tem de garantir o seu como desenhando o seu plano operacional de referência para 2024 e para os seguintes anos para poder saber o que está a fazer bem, o que está a fazer mal, o que tem de ficar, o que tem de mudar, o que tem de aprender e onde tem de inovar.

Atenção aos objetivos que se propõe, convém que sejam ambiciosos, mensuráveis, mas ao mesmo tempo realistas.

É por isso importante analisar o contexto, a conjuntura, o mercado onde opera e também os seus concorrentes diretos lembrando-se sempre que o seu “Porquê” e “Para Quê” devem ser altamente relevantes para si, mas os objetivos da sua equipa devem ser altamente relevantes para cada um dos seus membros.

Lembre-se, os objetivos podem ser individuais, mas a visão de crescimento tem de ser sempre em grupo, só desta forma poderá garantir a vontade de cumprimento coletiva dos objetivos individuais de cada elemento.

Por fim, o tempo.

Apesar de se falar quase sempre em objetivo anual, um plano pode ter 3, 5 ou até mais anos dependendo da sua visão e ambição, mas focando no plano anual para 2024, pode dividir o seu tempo em blocos de tempo, por exemplo, divida o ano em 6, 3 e 1 mês, o mês em semanas e dias de trabalho e se for Agente Imobiliário, pode até ir ao detalhe da divisão do dia, em horas para definir tempo para as ações que sabe que se as fizer de forma consistente e constante(por exemplo, prospeção), lhe trarão sempre resultados.

Artigo de Massimo Forte para blog Out of The Box aqui

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