29 de Maio, 2019

REABILITAR PARA VENDER

Massimo Forte

Quando existe um Investidor, um Mediador e alguns Produtos identificados para satisfazer uma potencial venda, parece que a equação tem solução imediata. No entanto, hoje em dia isso não basta para que uma transacção ocorra e muito menos para fidelizar um cliente. O consultor imobiliário tem de estar munido de muitas ferramentas para saber Aconselhar e Responder, pois só assim pode ascender ao nível de Decidir “com” e muitas vezes “pelo” Investidor.

A parte positiva é que um consultor não precisa de ser Arquitecto, Engenheiro, Advogado ou Gestor para o fazer. Basta ter consciência de que tem de ter Parceiros e eleger os melhores para ter ao lado.

“Quanto me vai custar e por quanto poderei vender?” Esta é a pergunta que qualquer investidor nacional ou estrangeiro coloca e quando estamos a falar de investir em imobiliário as respostas podem não ser tão lineares quanto parecem ou quanto já foram no passado. O Presenteexige informação e conhecimento!

Vamos perceber porquê:

A maior parte dos prédios do centro histórico das principais núcleos urbanos (Lisboa e Porto), que se mantêm com os holofotes apontados neste palco que é a Cidade e o Imobiliário como um activo financeiro, são prédios datados do princípio do séc. XX. Estes, para além de se encontrarem devolutos, são essencialmente definidos pelas heranças da Arquitectura da época: áreas pequenas, quartos e salas comunicantes entre si, muitos deles interiores, longos corredores estreitos, casas de banho (outrora “pias”) localizadas em varandas que hoje em dia são marquises despojadas de qualquer sentido estético. Pontualmente surgem ainda intactos alguns elementos das materialidades dessa época como o soalho de tábua corrida, as pedras que emolduram as janelas das fachadas, os azulejos originais e o desenho das portas, que normalmente despertam o lado emocional dos clientes que se deliciam com todos os pormenores a que chamam a Traça Original de Lisboa.

A localização pode ser perfeita e pode parecer que “basta” fazer obras, mas a linha que separa um retorno baixo a médio prazo de um retorno alto ou muito alto num tempo curto, é a resposta à pergunta: “que obras?”

É suficiente renovar os materiais? Actualizar a canalização e a electricidade e trocar de caixilharia? Quanto custa essa operação? Que público alvo a irá querer comprar? E principalmente…… por quanto?

Não decidir isto sozinho ou sem apoio de quem sabe, é o 1.º passo para que o investimento possa correr bem.

É exactamente aqui que surge a necessidade do contributo de um Arquitecto e de uma empresa de Construção, que em conjunto possam ajudar a responder à questão principal de quem vai investir.

 

1.º QUAL O PERFIL DO PARCEIRO IDEAL PARA O PROJECTO DE REABILITAÇÃO?

Não tem de ter ao seu lado o nome mais sonante da praça em Arquitectura, o importante é que seja um profissional com experiencia não só na Arte de definir um bom layout que o ajude a encontrar a tipologia ideal para o seu investimento, mas também conhecedor da realidade construtiva dos prédios desta época, das soluções que deve empregar ao intervir neles, do custo dessas soluções e também uma noção da realidade do mercado imobiliário, não só ao nível das tendências arquitectónicas mas também relativamente à diversidade do público alvo a quem direccionar as soluções: casas para vender; casas para alugar; casas destinadas a famílias ou ao sector do Turismo.

Hoje em dia o mercado dispõe de empresas que complementam no seu serviço não só a parte da Arquitectura, mas também a componente da Obra, onde esta aliança pensada de raiz em simultâneo permite poupar muito tempo e economizar recursos na busca das melhores soluções.

 

2.º A IMPORTÂNCIA DO LAYOUT

Quando se fala do “potencial” de uma casa, estamos a referir-nos ao facto do imóvel ter por onde se diferenciar ou distinguir e é nesse sentido que uma análise cuidada das possibilidades fazem toda a diferença. Podemos ter um T2 de base que se pode transformar num belíssimo T1, com uma suite e closet, ou num T3 de áreas menores, mas que responda de forma funcional às necessidades do mercado na zona sem perder a dignidade na forma como é compartimentado e distribuído. A assertividade do Layout face à: localização; contexto do imóvel e face à possibilidade da planta, é um aspecto determinante quando se está a redefinir um produto para vender.

 

3.º A ESCOLHA DOS “MATERIAIS CERTOS” VERSUS O TEMPO E O VALOR DA VENDA

Não há segundas oportunidades para causar uma boa Primeira Impressão. Com as Casas passa-se o mesmo. A Emoção vende e quem trabalha na área sente isso todos os dias. Saber escolher aquilo que desperta e capta a atenção do cliente ésaber acelerar o tempo de venda e saber aumentar o valor do retorno.

Com poucas diferenças no valor do investimento inicial, podemos conseguir escolher bem, escolher mal, ou fazer a escolha ideal. Neste sentido, a única coisa que deve escolher é quem é que elege para entregar esta tarefa que vai dar Identidade ao seu produto.

 

4.º A DECORAÇÃO: O XEQUE MATE DA VENDA

É mais comum do que pensamos, mas de facto é fácil encontrar pessoas que, mesmo visitando e sentindo o espaço, têm dificuldade em imaginar como o podem decorar, preencher e tornar apto às suas necessidades, desejos e gosto.

Apostar na decoração é antecipar e tornar real um conjunto de possibilidades. É abrir janelas, é revelar sonhos ocultos, é recriar uma nova vida. Quando o Arquitecto que pensa o layout e escolhe os materiais também ganha esta oportunidade, ganha o Poder de fazer com que tudo bata certo desde o início e quando isso acontece: XEQUE-MATE, o produto vende-se!

 

Patrícia Duarte

Arquitecta,

Sigmabuild

 

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