19 de Maio, 2021

Sabia que a partilha pode duplicar ou triplicar a probabilidade de venda do seu imóvel? by Massimo Forte para Visão

Massimo Forte

A partilha é um fator de diferenciação muito importante para quem está a vender a sua casa com a ajuda do serviço de um agente imobiliário.

Com a atividade de compra e venda de imóveis a resistir à tendência, mantendo-se dinâmica, a Mediação Imobiliária continua a viver momentos bastante positivos.

Cada vez mais pessoas recorrem ao serviço de um profissional para as ajudar a vender a sua casa, e, possivelmente, nos próximos tempos, com a possibilidade de um reajustamento de mercado e com a perspetiva de cada vez menos tempo útil na nossa vida para tarefas que podemos delegar em quem as faça mais eficazmente, a ajuda do agente imobiliário será ainda mais útil.

Mas como pode escolher?

São inúmeras as empresas que operam no mercado português e são ainda mais os agentes imobiliários que oferecem um determinado nível de serviço que, quando explicado, pode muitas vezes parecer o mesmo, mas que, visto de perto, tem muitas diferenças. Uma das diferenças é o serviço de partilha, um fator de diferenciação muito importante para quem está a vender a sua casa com a ajuda do serviço de um agente imobiliário e que consiste na partilha de informação (e comissão) sobre o seu imóvel com outros profissionais. Afinal, o serviço de promoção e divulgação para venda de uma casa não se deve limitar apenas à colocação de anúncios e publicidade nos vários meios, mas, sim, em explorar a forma melhor e mais rápida de venda da sua casa e, penso que concorda comigo, a partilha é sem dúvida uma dessas formas.

Considero a partilha a base do serviço de Mediação Imobiliária, não é uma novidade para quem está neste meio, nos Estados Unidos existe desde o princípio do século XIX, e em Portugal foi implementada com a entrada das redes norte-americanas que transformaram o mindset do negócio para um negócio em que “todos ganham”, uma boa prática que rapidamente se tornou um serviço (a meu ver) imprescindível para qualquer cliente vendedor que queira duplicar ou triplicar a probabilidade de venda do seu imóvel.

A partilha de um imóvel em processo de venda por uma agência imobiliária, consiste na possibilidade de essa agência disponibilizar a informação que tem sobre o imóvel, como preço, fotos, características, entre outras informações, a outras empresas de Mediação Imobiliária que poderão estar interessadas em promover o imóvel com a perspetiva de partilha de comissão por terem em base de dados potenciais interessados para adquirir o imóvel em causa.

Caso tenham, poderão visitar em conjunto (agente que detém o contrato de mediação com o proprietário, e o agente que tem um possível comprador) e quem sabe, podem conseguir uma proposta para a tão desejada venda. Se isso acontecer, o trabalho é, na realidade, feito pelas duas empresas, uma trata de quem vende, e a outra de quem compra.

Os honorários que recebem do proprietário serão por isso repartidos pelas duas agências, normalmente de forma equitativa. Mas nem sempre é assim, pois não existe nenhuma regra ou limitação definida, ou seja, a repartição pode não ser proporcionalmente igual, ficando sujeita à negociação entre partes. Outro pormenor importante para si é que este serviço será mais adequado e seguro apenas e quando o contrato de mediação imobiliária assinado com o proprietário seja realizado em regime de exclusividade, pois no fundo, não é possível a alguém partilhar algo que não lhe pertence. Partilha sem exclusividade é correr o risco de perder o controle da transação devido aos inúmeros contactos e contratos de promoção envolvidos, portanto, sempre que contratar uma agência Imobiliária, antes de assinar o contrato e com o objetivo de aumentar a probabilidade de venda com maior divulgação do seu imóvel, lembre-se, opte por um contrato em exclusivo e verifique sempre se a agência está disposta a partilhar a informação e negócios da sua casa com outras empresas de profissionais de mediação.

Já agora, pergunte qual é a proporção da divisão dos honorários, e fica a saber se a partilha é atrativa para todas as partes envolvidas ou se está desequilibrada tornando a atratividade da partilha mais fraca. O custo para si é maior? Não, não é. Será sempre igual, não paga nem mais, nem menos comissão, apenas aumenta o seu nível de serviço e a probabilidade de venda mais rápida!

Com a evolução tecnológica, o processo de partilha foi rapidamente automatizado dando origem nos Estados Unidos ao sistema MLS – Multiple Listing Services (traduzido para português seria Serviço de Angariação Múltipla) mas, em Portugal, a aversão à transparência gerada pela abundância de empresas de mediação a trabalhar em regime aberto faz com que muitas marcas norte-americanas acabem por ter este serviço dentro da sua própria rede de agências o que não é suficiente para abranger todo o potencial de partilha entre todos os players de mercado. A partilha é feita de forma desestruturada, desorganizada e pouco transparente e, felizmente, com a evolução do setor, para muitos profissionais, já não é solução.

“Eu tenho o produto, tu tens o cliente”.

Empresas como a proptech Casafari dão solução a cada vez mais agências e agentes imobiliários que acreditam na profissionalização da partilha para dar o melhor do seu serviço ao seu cliente vendedor.

Esta empresa criou um sistema transparente de partilha entre profissionais a que chama “Casafari connect”, um passo à frente para a construção de um MLS em Portugal (e, porque não, no mundo) que, através de uma plataforma segura e exclusiva a profissionais de Mediação Imobiliária, encontram uma forma virtual de se ligar sem barreiras para partilhar com a garantia de que podem trabalhar dentro de uma aplicação onde a confiança funciona como pilar, através do uso de critérios que são previamente filtrados e tratados para gerar informação trabalhada, limpa, única e fidedigna sobre os vários aspetos e evoluções dos contratos de mediação.

Esta empresa defende o feedback como um potenciador de bom serviço, e por isso tem como meta a evolução para uma lógica de classificação para distinguir os melhores agentes para partilhar, um caminho para democratizar a partilha entre profissionais de forma simples, prática, rápida e principalmente, transparente.

Todos ficamos a ganhar e em especial, o cliente que tem a sua casa para vender.

 

Artigo de Massimo Forte publicado na revista Visão

Comentários (2)

Massimo Forte

19 de Maio, 2021

Caro Hugo, muito obrigado pelo seu feedback, é muito importante para mim. A regulamentação é de facto muito importante para elevar o setor... para quando? Espero que para breve!

Hugo Lopes

19 de Maio, 2021

Excelente artigo. Para quando uma regulamentação adequada para o sector....?

Partilhe a sua opinião